Encontro com ministros europeus ocorre enquanto conflito com Israel completa oito dias; discurso na ONU abordará direitos humanos e tensões regionais.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, participa nesta sexta-feira, 20 de junho de 2025, em Genebra, Suíça, de reuniões com os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, França, Reino Unido e a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, para discutir o programa nuclear iraniano e o conflito em curso com Israel. Os encontros, solicitados pelos países europeus, ocorrem em meio à segunda semana de hostilidades entre Teerã e Tel Aviv e incluirão um discurso de Araghchi no Conselho de Direitos Humanos da ONU às 13:00 GMT (10:00 em Brasília)
Araghchi declarou publicamente que as negociações limitar-se-ão às questões nucleares e regionais, excluindo qualquer debate sobre capacidades de mísseis do Irã – que definiu como “defesa inegociável” –, segundo informações do site News Pravda. A posição foi reforçada horas após ataques de mísseis iranianos contra Israel na quinta-feira (19 de junho), agravando a crise que já causou dezenas de mortes, conforme documentado pelo InfoMoney.
A iniciativa europeia busca conter uma escalada militar, mas esbarra na recusa iraniana em dialogar com os Estados Unidos enquanto persistirem “ataques israelenses contra o Irã“, como destacou o Notícias ao Minuto. O impasse remonta ao acordo nuclear de 2015, abandonado pelos EUA em 2018, e reflete tensões acumuladas sobre atividades atômicas iranianas, citadas pela Veja como “ameaça regional“.
O discurso de Araghchi na ONU ocorrerá no mesmo dia e abordará “violações de direitos humanos no contexto do conflito“, embora detalhes não tenham sido divulgados. Autoridades europeias esperam que as conversas em Genebra reduzam a temperatura do conflito, segundo análises do Portal IN e do DNotícias.

As negociações não tiveram desfecho imediato até o fechamento desta matéria. O conflito entre Irã e Israel permanece ativo, com trocas de ataques reportadas até a manhã desta sexta-feira. A exclusão dos EUA do diálogo e a intransigência sobre mísseis sugerem que as tratativas podem prolongar-se sem acordos concretos, enquanto a comunidade internacional monitora riscos de uma guerra regional ampliada.