
O governo Donald Trump iniciou em junho de 2025 a maior redução de tropas americanas no exterior desde a Guerra Fria, afetando 12 bases estratégicas na Alemanha, Coreia do Sul e Japão. A medida, anunciada como “America First Defense Doctrine“, retirará 9.500 soldados da Alemanha (corte de 28%), 3.200 da Coreia do Sul e 2.800 do Japão até dezembro, realocando parte das forças para Guam e Porto Rico. O Pentágono estima economia de US$ 5,4 bilhões anuais, mas aliados alertam para riscos geopolíticos .
Detalhes Operacionais
- Alemanha: Encerramento da base aérea de Ramstein (centro de comando da OTAN) e redução em Grafenwöhr (maior campo de treino dos EUA na Europa);
- Ásia: Desativação do Campo Humphreys (Coreia do Sul) e da base naval de Yokosuka (Japão), esta última crítica para dissuasão chinesa;
- Novos polos: Fortalecimento de Guam (US$ 1,2 bi em infraestrutura) e Ilhas Marianas como “escudo móvel” contra ameaças .
Trump justificou em comício na Flórida (29/06):
“Pagamos bilhões para proteger ricos que nos traem no comércio. Chegou a hora de trazer nosso ouro para casa!”
Em contraponto, a chanceler alemã Saskia Esken rebateu:
“Abandonar a Europa em meio à guerra na Ucrânia é presente para Putin. Segurança coletiva não tem preço” .
Impacto Geopolítico Imediato
- OTAN: 19 membros reduzem contribuições após anúncio americano;
- Pacífico: Coreia do Norte testa 3 mísseis balísticos em 72 horas; China intensifica patrulhas no Estreito de Taiwan;
- Rússia: Desloca brigadas táticas para Kaliningrado, fronteira com aliados da OTAN .
Consequências Econômicas
- Alemanha: Perda de € 380 milhões/ano em receitas locais ligadas às bases;
- Coreia do Sul: Queda de 0,7% no PIB projetado para 2026;
- EUA: Custos de realocação chegam a US$ 2,1 bilhões (GAO, 2025) .
A retirada militar simboliza a radicalização da doutrina isolacionista de Trump, substituindo sete décadas de presença estratégica por cálculo financeiro imediatista. Enquanto economiza bilhões, os EUA arriscam fragmentar alianças históricas e incentivar agressões de rivais — um reposicionamento que redefinirá o equilíbrio de poder global com consequências imprevisíveis .