
Retaliação a bombardeios dos EUA gera tensão regional, mas não causa vítimas; Qatar ameaça resposta “proporcional”.
O Irã lançou seis mísseis contra a base militar americana de Al-Udeid, no Qatar, na noite de 23 de junho de 2025, em retaliação a bombardeios dos EUA a instalações nucleares iranianas em 21 de junho. O ataque, denominado “Anunciação da Vitória” pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), foi totalmente interceptado pelas defesas qataris, sem danos ou vítimas. A ação ocorreu após aviso prévio do Irã ao Qatar e aos EUA, visando evitar escalada, mas ampliou crises diplomáticas regionais.

O Ministério da Defesa do Qatar confirmou às 22h15 (horário local) a interceptação de todos os mísseis, evitando impactos na base que abriga 10.000 militares americanos. Explosões e defesas antiaéreas iluminaram o céu de Doha e Lusail, causando pânico em moradores. O espaço aéreo qatari foi fechado preventivamente, medida seguida por Bahrein, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
O ataque respondeu à operação “Martelo da Meia-Noite”, em que os EUA bombardearam três instalações nucleares iranianas (Fordow, Natanz e Isfahan) em 21 de junho. O Irã classificou o ataque americano como “agressão flagrante” e usou o mesmo número de mísseis (6) em resposta simbólica. O governo iraniano notificou Qatar e EUA duas horas antes via canais diplomáticos, replicando estratégia de 2020 após a morte do general Soleimani.


Reações Imediatas: Qatar Condenou a “violação da soberania” e reservou direito a retaliação “proporcional”. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Majed Al Ansari, exigiu responsabilização do Irã. No EUA, o Pentágono confirmou o ataque sem danos. O presidente Donald Trump reuniu-se com assessores no Salão Oval e ameaçou resposta “muito maior” em rede social, mas fontes sugerem desescalada. Aliados Regionais: Arábia Saudita e Egito condenaram a “violação do direito internacional”; Emirados Árabes Unidos expressaram solidariedade ao Qatar. França e Espanha pediram contenção.
Analistas apontam o ataque como “limitado e simbólico”, destinado a acalmar o público iraniano sem provocar guerra aberta. Contudo, Relações Irã-Qatar, Laços diplomáticos, antes cordiais, deterioram-se com ameaça de retaliação qatari. Na economia, fechamento do espaço aéreo em 4 países afetou voos comerciais; preço do petróleo oscilou.

O episódio encerrou-se sem danos materiais ou humanos, mas a crise persiste. O Qatar avalia resposta militar direta, enquanto os EUA decidem entre retaliação ou diplomacia. A ONU pressiona por negociações, mas o Irã exige fim dos ataques a seu território para dialogar. Com milícias pró-Irã ameaçando o Estreito de Ormuz, o risco de escalada global permanece crítico.